A vida é um jardim de Hiroshima

Entre quadros passados
Entre quatro paredes
Quatro passadas em qualquer direção
Sem sentido
Sem horizonte
Sem pena de mim mesmo
Sem saída
Tédio, puro tédio
Cotidiano sem emoção
Nova face do mundo
Ás claras, á minha cara
Face a face com o mundo
Peguntas para quase tudo
Respostas para quase nada
Quase livre
Preza á alma  quase inexistente
Tudo para de repente
O tempo corre como um louco
Reflexo dos meus pensamentos
Um momento para meus momentos
Você continua passando
E hoje é terça
Quanto tédio!
Sua falta me deixa quase louca
Eu sou quase livre
Estou quase só
Quase tenho você
Mas o telefone está mudo
Eu quase não tenho coragem de te ligar
Por isso quase te liguei
Tentei, quase consegui
Onde está você?
No mundo?
Entre quatro amores
Entre quatro passados
Que tempo é hoje?
Hoje é tempo do fim!Aguardemos...
Nada aconteceu
Tempo de liberdade!
Mas eu posso abri a porta, tenho as chaves
Nao quero abri-las
Evasão, refúgio
Me abrigo em você
Não quero mandá-los embora
Que loucura! Você não está aqui, mas eles estão!
Psicose, loucura?
Não, amor.
Entre esses quatro passados
Lembrei-me que o mundo é cruel
Minhas conquistas agora não tem mérito
Eu não tenho você
O que sou afinal?
Por que vim á vida
Enfim, vim para viver a vida,
ou vim á vida para viver o mundo?
A vida é um jardim de Hiroshima
Em sua superficialidade
A especialidade policrômica de sonhar
Em seu ventre, em sua alma
O infame, o profano, o mundo
A policromia abstrata do amanhã
Já que a vida e o mundo são tão confusos
Vou continuar vivendo em meio ao absurdo

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O silêncio aqui ainda reina.

Resenha de jornal  manchada de sangue:
Que amores são esses?
Há quantas noites perdidas no infinito?
Há quantos homens perdidos no mundo?
A voz se calou, fria,
sem resposta, bandida
Ossos mutilados, corpos cansados
Bocas gritantes
Basta um gol no mundial
E a verdade perde a razão
......................................................
Meu amor, fale comigo!
Que amores são esses a quilômetros daqui?
Que desamores são esses perto de nós?

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